Infográficos
na Sala de Aula, você já usou? Reinventar-se diariamente é um desafio para
qualquer Educador! Mas como atrair a atenção dos jovens? A saída é aprender a
“falar a linguagem deles”! Mas que linguagem é esta?
Se você
reparar, verá que os jovens estão constantemente interagindo com vídeos,
animações, games, infográficos e um sem número de objetos digitais que circulam
pela internet. E por que não utilizá-los, trazê-los para a sala de aula para
que os mesmos possam enriquecer e aprofundar o aprendizado de todos os alunos?
Infelizmente,
estávamos tão condicionados a enxergar giz e quadro negro como os únicos “instrumentos”
pedagógicos que não treinamos nossos olhos, ouvidos, enfim, nossos
sentidos para explorar a nossa volta um sem número de coisas que, seguramente,
mostram-se como valiosas ferramentas pedagógicas e que ainda não estamos
considerando como tais.
O
infográfico na sala de aula é uma delas.
Antes de
abordar a validade do infográfico na sala de aula, vamos explorar primeiramente
o que é um infográfico.
Algumas
definições do termo infográfico vem do inglês informational graphics.
Essa terminologia passou a ser usada, recentemente, na designação de
representações gráfico-visuais que relatam algum evento ou processo.
É uma forma
de representar informações técnicas como números, mecanismos e/ou estatísticas,
que devem ser, sobretudo, atrativos e transmitidos ao leitor em pouco tempo e
espaço. Normalmente utilizado em cadernos de Saúde ou Ciência e Tecnologia, em
que dados técnicos estão mais presentes, o infográfico vem atender a uma nova
geração de leitores, que é predominantemente visual e quer entender tudo de
forma prática e rápida. Segundo pesquisas, a primeira coisa que se lê num
jornal são os títulos, seguidos pelos infográficos, que, muitas vezes, são a
única coisa consultada na matéria. (CAIXETA, 2005, p. 1).
Módolo &
Gouveia Junior (2007) defendem que um infográfico não deve ser considerado
apenas um conjunto de tabelas, cores, desenhos e/ou fotos com o intuito de
deixar a informação mais bonita, mas sim como um instrumento que visa a
facilitar a compreensão da informação e oferecer uma noção mais rápida e clara
dos sujeitos, do tempo e do espaço dessa informação.
Geralmente,
o infográfico é empregado para veicular informações que exigem mais
detalhamentos. Logo, os infográficos valorizam o texto escrito, contextualizam
a informação para o leitor, colaboram para a melhor compreensão do conteúdo ao
unir a linguagem visual à verbal.
Ou seja, o
infográfico favorece a aprendizagem porque combina texto e imagem facilitando o
entendimento do conteúdo, tornando a compreensão mais dinâmica e ágil. Veja
abaixo como os infográficos na sala de aula podem contribuir para o aprendizado
dos alunos conforme BOTTENTUIT JUNIOR; LISBOA; COUTINHO, 2011, p-9-10)
Os alunos
podem acompanhar passo a passo um processo, fato ou acontecimento histórico:
- A riqueza
de imagens e esquemas facilita a memorização por parte dos alunos;
- Possibilita
a alfabetização visual visto que muitas das vezes os alunos observam a imagem
de maneira geral sem perceber aspectos importantes que só são perceptíveis com
uma maior atenção a determinadas áreas de um infográfico;
- O aluno
tem um maior controle sobre o recurso visual e a sua aprendizagem, pois poderá
explorar e revisar quantas vezes desejar cada fase do processo apresentado no
infográfico;
- O
infográfico poderá constituir-se num poderoso atrativo para veiculação da
informação em ambientes e plataformas de ensino e aprendizagem;
- As imagens
chamam a atenção dos alunos e o processo de observação dos infográficos poderá
desenvolver as habilidades cognitivas de interpretação, análise e síntese;
- Os alunos
recordam mais facilmente imagens e pequenos fragmentos de textos face à grande
quantidade de textos sem o uso de esquemas ou imagens;
- O aluno
através do infográfico poderá realizar uma navegação não linear sobre o
conteúdo e desta forma realizar novas descobertas;
- O
professor poderá combinar recursos multimídia durante as suas aulas com o
intuito de melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos;
- Permitem a
visualização de processos muito lentos (Ex. o desabrochar de uma flor) ou muito
rápidos (Ex.: a transmissão do som);
- O aluno
poderá manipular o infográfico inúmeras vezes até que consiga realizar a
compreensão completa do processo;
- O aluno
poderá utilizar o infográfico como uma fonte de informação, um recurso
didático, um recurso para exploração visual e ainda para resolução de
problemas ou questões elaboradas pelo professor.
Passo a Passo do Infográfico:
1. Mensagem:
Planeje contar uma história, se utilizando tanto de gráficos como de
estatísticas para ilustrá-la;
2. Dados:
organize dados que apoiem sua mensagem tais como informações contidas em
revistas, jornais, periódicos etc.;
3. Organize
os dados e faça um fluxograma, ou seja, desenhe um rascunho bruto de como você
gostaria de separar os seus dados e as imagens e gráficos, de modo que
sintetize a mensagem que deseja passar;
4. Escolha
uma ferramenta online para dar vida ao seu infográfico. Segue abaixo 3
ferramentas que separei para você, porém todas são em inglês:
Na internet
você encontra infográficos sobre os mais diversos assuntos, inclusive
infográficos prontos para a sala de aula que você poderá utilizar, conforme o
conteúdo que estiver trabalhando.
Além do mais
a partir do momento que você começar a utilizar os infográficos na sala de
aula, seus alunos também poderão utilizá-los como ferramenta para registrar as
lições que estão aprendendo.
Assim,
aqueles alunos que não são muito propensos a escrever longos textos ou fazer
resumos, pode sintetizar o que está aprendendo utilizando infográficos.
Roseli Brito
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach SOS
BIBLIOGRAFIA
BOTTENTUIT
JUNIOR, João Batista; LISBOA, Eliana Santana; COUTINHO, Clara Pereira. O
infográfico e suas potencialidades educacionais. In: Encontro Nacional de
Hipertexto e Tecnologias Educacionais, 4, 2011, Sorocaba. Anais. Sorocaba: Universidade
de Sorocaba, 2011.
CAIRO,
Alberto. Infografia 2.0 – visualización interactiva de información em prensa.
Madrid: Alamut, 2008.
CAIXETA,
Rodrigo. A arte de informar. (Associação Brasileira de Imprensa). Disponível
em: www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=556. Acesso em: 20 de abril de 2012.