O Enem é provavelmente a prova mais longa e diferente que você já
fez. Dois dias seguidos, 180 questões, uma redação (muitas vezes polêmica) e
textos que parecem infinitos. A gente até começa respondendo tudo certinho,
lendo os textos com calma e fazendo os cálculos com atenção. Mas no final, as
grandezas se tornam inversamente proporcionais e parece que quanto menos tempo
sobra, mais questões parecem estar sem resposta. É nessa hora que a gente só
manda pra Deus e chuta tudo no gabarito, certo? Errado.
Treine a precisão na hora do exame. Já que acertar uma difícil e
errar uma fácil pode baixar sua nota, fique atento para não acabar caindo nesse
erro. Priorize as questões fáceis antes das difíceis.
Planeje bem o tempo, você tem apenas 3 minutos para responder cada
questão. Não corra o risco de ficar sem tempo para responder e acabar chutando.
Você pode ter uma técnica de chute infalível, muita sorte ou
apenas ser desprendido, mas esqueça disso no Enem: ele sabe quando você está
chutando - e você "perde" na nota por isso. Ficou com medo? A gente
te explica!
O cálculo da nota do Enem é baseado na TRI (Teoria de Resposta ao Item), que consiste num conjunto de modelos estatísticos que qualifica o item (cada questão) de acordo com três parâmetros:
- poder de discriminação: capacidade da questão de
diferenciar os alunos em relação à dificuldade da questão;
- grau de dificuldade;
- possibilidade de acerto ao acaso.
As questões da prova são divididas por níveis de dificuldade, que vão de fáceis a difíceis. A TRI analisa as respostas do aluno: se constata que ele errou muitas perguntas da categoria "fácil" e acertou muitas perguntas da categoria "difícil", considera o fato estatisticamente improvável e deduz que ele chutou. Quando isso ocorre, a questão considerada chutada passa a valer menos porque parece ser incoerente com o padrão de respostas da prova e a média do aluno que chutou cai.
Como é possível perceber, a nota final do exame não é formada apenas à quantidade de questões acertadas, mas também ao grau de dificuldade das questões acertadas e à consistência geral de suas respostas.
No entanto, é preciso deixar claro que não vale a pena deixar questões em branco por medo da TRI.
Se não souber de jeito nenhum uma questão, ou se o tempo da prova
estiver acabando, o chute será a única opção. Sim, ele pode ser detectado e
causar a diminuição da nota, mas vale muito mais um acerto casual do que uma
resposta em branco.
Mas atenção:
não fique neurótico olhando no relógio ao fim de cada pergunta respondida. Isso
acaba atrapalhando a concentração e desperdiçando tempo, ao invés de ganhá-lo.
Enquanto
isso, fique de olho! Estaremos dando dicas e informações para ajudá-los!
FONTE: Guia do Estudante