E.E.F.M. Padre Luís Filgueiras

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Empresa oferece uniformes com chips para monitorar alunos


Pais são vigilantes com seus filhos, mas alguns são mais que os outros. No Reino Unido, uma empresa ofereceu uniformes com chips para que os pais possam monitorar seus filhos.
Segundo a empresa La Trutex, o chip fornece dados como a localização e o registro escolar. O produto seria um atrativo a pais que temem que os filhos sejam vítimas de sequestros ou estejam envolvidos com brigas de rua.
Um lado ainda mais controverso da tecnologia é que ela forneceria os dados não somente aos pais, mas também às autoridades escolares, o que pode ferir a liberdade individual dos estudantes.


VEJA A OPINIÃO DE UM ESPECIALISTA NO ASSUNTO:


Segundo Elie Ghanem, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), levando em conta o comportamento normal dos pais, o uso do chip não espanta, mas não quer dizer que seja correto.
"Minha primeira reação: eu não acho estranho. O que é mais costumeiro é que os pais sejam vigilantes, mas nem todos os pais disponham de chips". Segundo Ghanem, é comum que os pais façam um controle meticuloso, e exagerado, da vida dos filhos. "As mães sabem quais são as marcas de nascença, cicatrizes e enxergam quando tem uma cicatriz nova".
"Ter cuidado com as pessoas é uma coisa recomendável. Estar atentado às sensibilidades e aspirações dos outros é importante. (...) Mas o controle tem sido excessivo e meticuloso. Nós deveríamos nos dar conta de que fazemos isso e parar”.
O caso inglês, afirma Ghanem, só mostra os exageros que já se comete. Para ele, é como um filho que ganha um celular dos pais. A ideia do pai é saber onde o filho está, onde foi, "é controlar, porque vai impor que ele (o filho) vá a determinado lugar ou fique em algum lugar".
"Vigiar não é cuidar, não é dar carinho", diz o professor, que afirma que a prioridade para os pais era dar atenção e amor, e não vigiar e controlar.

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